terça-feira, 12 de abril de 2011

Uma paixão quase impossível

Quando o SOL e a LUA se encontraram pela primeira vez,
se apaixonaram perdidamente e a partir daí começaram
a viver um grande amor.

Acontece que o mundo ainda não existia e no dia que Deus
resolveu criá-lo, deu-lhes então o toque final ...o brilho !

Ficou decidido também que o SOL iluminaria o dia e que a
LUA iluminaria a noite, sendo assim,
seriam obrigados a viverem separados.

Abateu-se sobre eles uma grande tristeza quando tomaram
conhecimento de que nunca mais se encontrariam.
A LUA foi ficando cada vez mais amargurada,
mesmo com o brilho que Deus havia lhe dado,
ela foi se tornando solitária.
O SOL por sua vez havia ganhado um título de nobreza
"ASTRO REI", mas isso também não o fez feliz.

Deus então chamou-os e explicou-lhes:
Vocês não devem ficar tristes,
ambos agora já possuem um brilho próprio.

Você LUA, iluminará as noites frias e quentes,
encantará os enamorados e será diversas vezes
motivo de poesias.
Quanto a você SOL, sustentará esse título porque será
o mais importante dos astros, iluminará a terra
durante o dia, fornecerá calor para o ser humano e a
sua simples presença fará as pessoas mais felizes.

A LUA entristeceu-se muito com seu terrível destino
e chorou dias a fio...
já o SOL ao vê-la sofrer tanto, decidiu que não poderia
deixar-se abater pois teria que dar-lhe forças e ajudá-la
a aceitar o que havia sido decidido por Deus.

No entanto sua preocupação era tão grande que resolveu
fazer um pedido a ELE:
Senhor, ajude a LUA por favor, ela é mais frágil do
que eu, não suportará a solidão...
E Deus em sua imensa bondade criou então as estrelas
para fazerem companhia a ela.

A LUA sempre que está muito triste recorre as estrelas
que fazem de tudo para consolá-la,
mas quase sempre não conseguem.
Hoje eles vivem assim....
separados, o SOL finge que é feliz,
a LUA não consegue esconder que é triste.
O SOL ainda esquenta de paixão pela LUA e ela ainda
vive na escuridão da saudade.

Dizem que a ordem de Deus era que a LUA deveria ser
sempre cheia e luminosa, mas ela não consegue isso....
porque ela é mulher, e uma mulher tem fases.
Quando feliz consegue ser cheia,
mas quando infeliz é minguante
e quando minguante nem sequer é possível
ver o seu brilho.

LUA e SOL seguem seu destino, ele solitário mas forte,
ela acompanhada das estrelas, mas fraca.
Humanos tentam a todo instante conquistá-la,
como se isso fosse possível.
Vez por outra alguns deles vão até ela e voltam
sempre sozinhos, nenhum deles jamais conseguiu
trazê-la até a terra, nenhum deles realmente conseguiu
conquistá-la, por mais que achem que sim.
Acontece que Deus decidiu que nenhum amor nesse
mundo seria de todo impossível,
nem mesmo o da LUA e o do SOL...
e foi aí então que ele criou o eclipse.

Hoje SOL e LUA vivem da espera desse instante,
desses raros momentos que lhes foram concedidos
e que custam tanto a acontecer.
Quando você olhar para o céu a partir de agora e
ver que o SOL encobriu a LUA é porque ele deitou-se
sobre ela e começaram a se amar e é ao ato desse amor
e que se deu o nome de eclipse.
Importante lembrar que o brilho do êxtase deles
é tão grande que aconselha-se não olhar para o céu
nesse momento, seus olhos podem
cegar de ver tanto amor.

Um amor impossível

Existem amores que nascem na alma das pessoas, e que podem enfrentar preconceitos, oposições, e até mesmo ameaças para sobreviver. Pode-se até mesmo pensar em algo como "resgate de vidas passadas". Sabe-se lá...
Juliana vivia um casamento infeliz. Seu marido não lhe dava o carinho prometido antes do casamento, e a maltratava, chegando até a agredi-la fisicamente. Pensou em se separar, mas faltava-lhe coragem para enfrentar os rigores da tradição de sua família, que sempre considerou o casamento como algo sagrado e imutável. Mesmo ante sua infelicidade, mesmo sabendo dos problemas matrimoniais, sequer concebiam a hipótese de uma separação. Coisa de tempos antigos.
Em seu desespero, Juliana procurou a religião, e ia constantemente à Igreja para confessar-se, pois julgava que seus pensamentos eram pecaminosos, dominada que era por sua família.
Um jovem seminarista começou a conversar com ela, na ausência do Padre Giacomo. Giulio a ouvia sempre com atenção, e procurava colocar uma luz naquela mente atormentada.
Recebendo algum carinho e atenção pela primeira vez em sua vida, ela começou a se envolver, sentindo-se atraída pelo rapaz, que também não lhe era indiferente.
Começou a brotar em seus corações algo mais que o sentimento religioso. Começou a germinar a semente de um amor, que seus princípios condenavam. Tentaram lutar contra, mas parecia que a mão do Destino estava jogando com seus sentimentos.
Não conseguiam ficar sem se ver. Juliana sempre arranjava pretextos para ir à Igreja, e Giulio dava um jeito de sair, e se encontravam onde poderiam beijar-se e entregar-se a carinhos amorosos.
Giulio chegou a pensar em desistir para poder viver com ela, mas ela, presa às convicções familiares, não conseguia "trair" os dogmas, não só da família, mas também da religião.
Contudo, uma vez em que sofreu a violência de seu marido, foi se consolar com seu amor. Como estavam em um lugar totalmente a sós, não conseguiram resistir aos apelos do sexo, e concretizaram seu amor.
A paixão crescia. Mas, como se fosse algum tipo de castigo, Giulio recebeu uma ordem de transferência para outro seminário, em outro Estado, e bem longe. Talvez para repensar sobre o que estavam fazendo. Para avaliar melhor abandonar tudo para tentar uma vida que seria bem difícil, pois ambos não tem recursos e as famílias sequer admitem a hipótese, seja a de Giulio abandonar o seminário, seja a de Juliana separar-se, apesar de sua vida infeliz.
São certos dogmas que resistem ao tempo.
Mas a mudança mais acentuou esse amor impossivel. A distancia serviu como combustível para incendiar mais ainda esses corações atormentados, que buscam todas as maneiras possíveis para ao menos poder falar de amor. E apenas esperam terem condições para poderem finalmente juntar-se e viver esse amor tão louco quanto vibrante.
São coisas da vida, são coisas do amor, esse sentimento que não pede licença para dominar corações românticos, que passam uma vida sonhando com amor. Principalmente quando são muito infelizes, como nossa Juliana.
Finalmente, Juliana e Giulio estão apenas contando os dias para que possam se reunir.

Marcial Salaverry

domingo, 20 de março de 2011

Eu sempre lembrarei Era fim de tarde Durou pra sempre E terminou tão rápido Você estava completamente sozinho Encarando um céu cinza escuro Eu estava mudada Em lugares que ninguém encontrará Todos os seus sentimentos foram guardados profundamente Foi então que eu percebi Que sempre esteve em seus olhos O momento que eu vi você chorar Eu queria te abraçar Eu queria fazer com que isso fosse embora Eu queria te conhecer Eu queria fazer o seu tudo, certo....
Eu sempre lembrarei,Daquele fim de tarde,Em lugares que ninguém encontrará...
Eu queria te conhecer...

"O amor é a melhor música na partitura da vida. Sem ele você será um eterno Desafinado no imenso coral da humanidade." Roque Schneider.